quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Livro: O Homem que Calculava (1938)


Raquel Rocha
Economista, Comunicóloga, Psicanalista e Especialista em Saúde Mental
Membro da Academia de Letras de Itabuna



Do escritor Malba Tahan (heterônimo do professor brasileiro Julio César de Mello e Souza), O romance narra as proezas matemáticas do calculista persa Beremiz Samir na Bagdá do século XIII.
A história é narrada por Hank Tade-Maiá que, viajando de Samarra a Bagdá encontra um outro viajante Beremiz Samir que demonstra fabuloso conhecimento em matemática. Ele calcula tudo, as ovelhas no pasto, as folhas de uma árvore, as estrelas do céu.
Resolvem então viajar juntos enquanto Beremiz conta a Hank sua história e resolve todos os problemas de cálculos que encontram pelo caminho. Chegando em Bagdá, Beremiz rapidamente tornou-se famoso e requisitado e se torna secretário do Grão-vizir (uma espécie de primeiro ministro) Ibrahim Maluf. Torna-se também professor de matemática da jovem Telassim, cujo rosto ele não pode ver, mas mesmo assim se apaixona por ela.

Para conseguir a mão da jovem lhe é proposto um último desafio: decifrar a cor dos olhos de um grupo de escravas de rostos cobertos, apenas ouvindo as suas declarações e duas delas mentiam.
O Homem que calculava foi publicado pela primeira vez em 1938 e já chegou a sua 80ª edição. Sucesso de vendas no Brasil, tendo sido lida por várias gerações de leitores, a obra foi traduzida para o espanhol, o inglês, o italiano, o alemão e o francês. Não é um livro didático, mas como não poderia deixar de ser, é muito recomendado nas escolas de todo o mundo. O autor Júlio César de Melo e Souza publicou ao todo 117 livros até seu falecimento em 1974.


Esse livro utiliza a fantasia e o encantamento das lendas árabes, para mostrar como a matemática pode ser fascinante. Uma matemática sem fórmulas, sem precisar decorar, uma matemática baseada apenas no raciocínio e na lógica. Ao ler O Homem Que Calculava é impossível não ser contagiado pelo amor do autor à matemática.

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