terça-feira, 26 de abril de 2011

Jung: Inconsciente Coletivo e Arquétipos


Enquanto mergulhava em seu mundo interior, Jung descobria que seu inconsciente  não se limitava apenas aos conteúdos dos impulsos sexuais, pensamentos e experiências reprimidas. Jung começou perceber um outro fator que Freud havia deixado de lado: A história das civilizações.

Jung estudou culturas e religiões no mundo todo e concluiu que mesmo as mais distantes culturas tinham idéias e padrões de comportamento semelhantes. Para ele, essas evidências eram traços de que o inconsciente não era influenciado somente por experiências individuais mas por um componente da psique presentes em todas as pessoas desde o nascimento, um substrato desconhecido na mente humana que ele chamou de Inconsciente coletivo. Esse inconsciente coletivo seria uma dimensão na qual estaria todo o conteúdo resultante da experiência humana em todos os tempos.

Dessa forma Jung postula que a criança nasce com esse conhecimento herdado e o mesmo molda o desenvolvimento e interação com o ambiente. Esse componente da psique é igual em todas as pessoas de todos os lugares. Seus conteúdos, chamados de arquétipos podem ser traduzidos como formas sem conteúdo próprio “Eles se parecem um pouco com leitos de rio secos, cuja forma determina as características do rio, porém desde que a água começa a fluir por eles.” (BALLONB, GJ - Carl Gustav Jung, in. PsiqWeb, internet, disponível em http://www.psiqweb.med.br/, revisto em 2005)

 São formas que existem antecipadamente ao conteúdo. Para Jung os arquétipos, junto com o ambiente externo e suas exigências formam o inconsciente pessoal, (e não apenas a pulsão sexual como postula a teoria freudiana). Os arquétipos são responsáveis ainda pelas imagens primordiais, que podem ser encontradas em sonhos e fantasias dos indivíduos, correspondendo, ainda, a temas mitológicos que reaparecem em contos e lendas populares de épocas e culturas diferentes.

3 comentários:

  1. Quel,
    adorando, amiga!

    Abraço!

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  2. Meu Deus...

    Gostei disso que li, mais cedo estava lendo um texto de "políticas públicas e sujeitos coletivos" e vi que a prática dos gestores parece "fechar" com a teoria de Jung

    Vou tentar vir aqui com mais calma!

    =)

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  3. Penso que Jung e Freud nos presenteiam com frações da consciência humana, frações que serão acrescidas por outras frações e essas por outras até que um dia torne-se um todo surpreendente.

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