segunda-feira, 28 de maio de 2012

Coisas que a gente ama verdadeiramente





Desde pequena ler sempre foi uma das coisas que eu mais gostava de fazer “no mundo todo”. Aos poucos, com a quantidade de leituras obrigacionais-escolares-acadêmicas, passou a ser quase crime pegar um livro de literatura por puro deleite com pilhas e pilhas de apostilas pra ler e trabalhos pra fazer.

A leitura então foi se tornando quase um pecado, algo ilícito. Horas e horas saboreando um livro e me sentindo acusada pelas malditas apostilas. Culpada. Eu estava roubando o tempo dos estudos. Anos depois Clarice me esclareceu o sentimento: “(...) nunca roubar antes de saber se o que você quer roubar existe em alguma parte honestamente reservada para você. Ou não? Roubar torna tudo mais valioso.” (Perto do Coração Selvagem). Ou porque honestamente me pertencia o direito de fazer o que bem entendesse com meu tempo ou pelo puro prazer do crime, continuei.

Agora, pela primeira vez em 15 anos posso ler sem culpa. Descobri que ler (livros) está fora de moda (e não esteve sempre?). Achei alguns amigos que compartilhavam esse meu amor pela leitura. Longos e-mails empolgados sobre o que se acabara de ler. Conversas madrugadas a dentro pelo msn, trechos e trechos de livros digitados. Nos reunimos. Montamos nosso canal literário. Porque além dos livros amo o audiovisual. Não somos especialistas. Cada um com seus problemas: advogados, psicólogo, músico, estudante, comunicólogas. Apenas gostamos de ler. E de falar. E então a gente lê e a gente fala. Só isso.





2 comentários:

  1. É isso aí, ela é um poço de inteligencia, rapida, agil no pensamento e na capacidade de esteriorizar o que pensa. É nossa curadora e autora da brilhante ideia de divulgar o habito pela leitura em um país que le tão pouco.
    Ela é 10.

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  2. Estou transitoriamente nessa fase também. É demais!

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