Raquel Rocha
Economista, Comunicóloga, Psicanalista e Especialista em Saúde Mental
Membro da Academia de Letras de Itabuna
Do escritor Malba Tahan
(heterônimo do professor brasileiro Julio César de Mello e Souza), O romance
narra as proezas matemáticas do calculista persa Beremiz Samir na Bagdá do
século XIII.
A história é narrada por Hank
Tade-Maiá que, viajando de Samarra a Bagdá encontra um outro viajante Beremiz
Samir que demonstra fabuloso conhecimento em matemática. Ele calcula tudo, as
ovelhas no pasto, as folhas de uma árvore, as estrelas do céu.
Resolvem então viajar juntos
enquanto Beremiz conta a Hank sua história e resolve todos os problemas de
cálculos que encontram pelo caminho. Chegando em Bagdá, Beremiz
rapidamente tornou-se famoso e requisitado e se torna secretário do Grão-vizir (uma
espécie de primeiro ministro) Ibrahim Maluf. Torna-se também professor de matemática da jovem
Telassim, cujo rosto ele não pode ver, mas mesmo assim se apaixona por ela.
Para conseguir a mão da jovem lhe é proposto um
último desafio: decifrar a cor dos olhos de um grupo de escravas de rostos
cobertos, apenas ouvindo as suas declarações e duas delas mentiam.
O Homem que calculava foi
publicado pela primeira vez em 1938 e já chegou a sua 80ª edição. Sucesso de vendas no
Brasil, tendo sido lida por várias gerações de leitores, a obra foi traduzida
para o espanhol, o inglês, o italiano, o alemão e o francês. Não é um livro didático, mas como não
poderia deixar de ser, é muito recomendado nas escolas de todo o mundo. O autor Júlio César de Melo e Souza publicou
ao todo 117 livros até seu falecimento em 1974.
Esse livro utiliza a fantasia e o
encantamento das lendas árabes, para mostrar como a matemática pode ser
fascinante. Uma matemática sem fórmulas, sem precisar decorar, uma matemática
baseada apenas no raciocínio e na lógica. Ao ler O Homem Que Calculava é
impossível não ser contagiado pelo amor do autor à matemática.
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