Fotografia é uma das minhas
paixões. Mas apesar de arriscar alguns cliques intuitivos estou mais
apreciadora da fotografia do que para fotógrafa. E entre os fotógrafos que
aprendi a admirar o trabalho está o carioca Guga Millet, mais que um fotógrafo,
um verdadeiro artista.
Depois de anos apreciando
diariamente suas diversas imagens uma em especial me chamou atenção. Ele me
mostrou enquanto tentava me convencer a comprar uma câmera antiga de filme. 12
fotos por filme no máximo, e amar cada clicada. Mas o que eu amei mesmo foi essa imagem poeticamente fascinante.
Essa é a foto te um pier que
ficava na Barra e já não existe mais. Foi feita há cerca de 8 anos com um
rolleiflex fabricada em 1958. O tom esverdeado foi resultado de um filme
fotográfico cromo vencido em longa exposição pegando as luzes e o vapor de
magnésio do entardecer. É uma foto honesta.
Se eu escrevesse um livro queria essa foto fosse a capa.
Poderia ser um livro com qualquer conteúdo, poesia, saudade, paixão, loucura,
doação... Porque essa é uma foto que inspira todos os sentimentos, em sua
expressão mais sincera.
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