quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Chile x Eunápolis


Quando fui ao Chile o voo atrasou. Chegamos ao Chile a 1 da madrugada. Estava um frio de congelar dinossauro. O táxi chegou ao hotel as 02:30. Fomos dormir exaustos. O café do hotel era servido até as 09:30. Eu fui guinchada da cama as 09:20 por alguma força divina, em seguida guinchei as meninas mas o marido estava tão cansado que não levantou. 

Chegamos ao restaurante do hotel as 09:29. Enquanto as meninas sentaram eu fui servir o café delas duas funcionárias começaram a retirar as coisas. Exatamente assim, eu em pé para pegar as coisas e elas retirando ao mesmo tempo, numas das atitudes mais grosseiras que já vi. Claro que subi imediatamente para o quarto, refiz as malas e mudei de hotel.

Essa noite me hospedei em um hotel na cidade de Eunápolis, interior da Bahia. Também cheguei tarde e cansada. O café também era servido as 09:30. Novamente eu apaguei. Fui acordada com uma ligação da recepcionista do hotel:

Recepcionista: "Senhora, vocês vão descer pra tomar café?"
Eu ainda dormido: "Que horas são?.."
Recepcionista:  "São 09:30, senhora"
Eu "Então não vai dar tempo, as meninas ainda estão dormindo.."
Recepcionista: "Se a senhora quiser acordar as meninas e descer eu peço pra cozinha lhe aguardar."

Assim foi feito. E quando descemos as mulheres da cozinha trouxeram um novo café quentinho, muitos "Bom dias" acompanhados de largos sorrisos.

O Brasil é um país todo fudido, judiado, maltrato durante séculos por governantes desonestos que só queriam enriquecer a si mesmos e ao seus grupos, para se perpetuarem no poder e depois ir gastar a fortuna lá fora.  Mas apesar de tudo isso o povo do Brasil tem uma humanidade e um calor que não se vê em nenhum outro lugar do mundo.

Por isso vou continuar aqui, com esse povo lindo do meu Brasil, e lutando para que um dia possamos ter o que merecemos: um sistema político sério, ético, decente, transparente, moral. Pelo povo e para o povo. Eu acredito, afinal somos um pais abençoado por Deus.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O ABUTRE (2014)

Raquel Rocha
Economista, Comunicóloga, Psicanalista e Especialista em Saúde Mental
Membro da Academia de Letras de Itabuna


Louis Bloom  é um personagem intrigante. Ele é um ladrão barato em busca de emprego. Pede emprego até para quem ele vai vender mercadoria roubada. Alguém com essas características atrairia simpatia de imediato, pela tentativa de superação “Está querendo deixar de ser ladrão, mudar de vida.”

Mas não é o caso de Louis Bloom, porque enquanto ele mostra ser um jovem solitário tentando encontrar um emprego de qualquer jeito, seu olhar mostra uma certa frieza, crueldade, até um certo grau de psicopatia. Alie tudo isso a uma fala que parece ser mais um manual de como crescer no mundo coorporativo mesclado com livro de autoajuda. E você tem Louis Blum.

Tudo parece dar errado na vida de Bloom até que uma noite ele encontra uma Van fazendo a cobertura de um acidente para vender pra TV.  Ele mais uma vez tenta um emprego com esse cinegrafista independente mas é rejeitado.

Bloom decide então começar sua carreira sozinho. Ele rouba uma bicicleta e em seguida troca a mesma por uma câmera e um rádio de polícia. Declara-se um repórter freelance e sai em busca da notícia.

Ou melhor, em busca do sangue.          

Louis Bloom é curioso, pesquisa tudo na internet, aprende rápido, não mede esforços para alcançar o “sucesso profissional.” Ele não tem limites e a sua amoralidade combina perfeitamente com o canal de Tv que compra as imagens em sua mão. Nas cenas em que Louis e a diretora do jornal Nina negociam as imagens percebemos que, para ambos, trata-se apenas de um produto a ser vendido e revendido, sem nenhuma pontada de humanidade.

Louis Bloom é a encarnação do que há de pior na imprensa. Ele não sabe o que é ética então ele filma qualquer coisa em closes extravagantes. Ele invade a cena do crime, altera detalhes, mexe nos corpos, sabota os concorrentes, tudo para conseguir uma boa imagem.

Excelentes interpretações de Rene Russo como Nina, a diretora do telejornal. E de  Jake Gyllenhaal como Louis Blom. Essa obra O filme foi indicado ao Oscar de “Melhor Roteiro Original.”.

Roteiro e direção de Dan Gilroy. O Abutre é uma excelente indicação para debater os limites éticos, legais e morais da imprensa: Por que sabe o que é mais verdadeiro nessa história? Existem abutres assim porque existem veículos midiáticos interessados nesses conteúdos. E esses veículos midiáticos se interessam por esses conteúdos porque existe um público (um grande público) que assiste.


Muito bom filme. Pesado, crítico e até incômodo. Mas ainda assim muito bom.



terça-feira, 27 de janeiro de 2015

The Butler- O mordomo da casa Branca.

Raquel Rocha
Economista, Comunicóloga, Psicanalista e Especialista em Saúde Mental
Membro da Academia de Letras de Itabuna

Filme estadunidense de 2013. Dirigido por Lee Daniels (que dirigiu também Preciosa), O Mordomo da Casa Branca é inspirado na vida de Eugene Allen, que trabalhou como mordomo na Casa Branca por 34 anos, entre 1952 e 1986. Eugene serviu oito presidentes americanos, entre eles John F. Kennedy, Richard Nixon e Ronald Reagan.

O longa é protagonizado por Forest Whitaker, ganhador do Oscar por sua atuação em “O Último Rei da Escócia” de 2006. Forest interpreta o mordomo, que no filme recebe o nome de Cecil Gaines. A apresentadora e atriz Oprah Winfrey interpreta Gloria Gaines, esposa de Cecil.

Apesar no filme ser baseado em um personagem real o roteirista se utilizou de total liberdade de criação para desenvolver um personagem com uma vida bem diferente da de Eugene Allen. Então assista como uma obra de ficção, inspirada em pessoas reais e fatos histórico, mas ainda assim uma ficção.

O filme narra quase toda a vida do personagem, começando com ele menino, um menino negro que cresceu nas plantações de algodão da Geórgia. Ainda quando garoto viu sua mãe ser estuprada e seu pai ser baleado por um branco.

Após o episódio, a dona da fazendo, mãe do homem que cometeu as atrocidades, leva o garoto para ser “o negro da casa”. Lá ela o ensina a ter modos e a servir aos brancos.

Mais tarde, Cecil vai embora da fazenda de algodão em busca de um emprego na cidade. Se intitula um “negro domesticado” e encontra emprego em um hotel. Neste hotel Cecil aprende ainda mais sobre a arte de servir e acaba sendo convidado para ser O Mordomo da Casa Branca.

Cecil finalmente tem um emprego e sua própria família. De dentro da casa branca, durante 34 anos, ele testemunha eventos importantes do século 20. Vários presidentes passam e ele acompanha as discussões relacionadas à luta dos negros por igualdade. Enquanto ele serve o mais alto cargo do poder seu filho mais velho Louis vai diretamente para as ruas brigar pelos direitos dos negros.
  
Cecil sente-se culpado pela morte do pai.  É o garoto quem cobra que o pai faça algo quando sua mãe é estuprada e por isso o pai morre. Nesse momento Cecil aprende a ser submisso, dócil, como se morasse de favor no mundo dos brancos.

O personagem conquista um excelente emprego, está numa posição que ele jamais sonhou, servindo aos presidentes dos EUA, mas ainda assim conserva seu ar submisso. E aí nos perguntamos, será que é justamente o seu ar de submissão que fez com que ele fosse mordomo dos presidentes por tantos anos?

Cecil Gaines aprendeu que não vale a pena lutar, por isso não aceita a luta do seu filho. Além dos desentendimentos constantes com o filho, Cecil vê sua esposa Glória cada vez mais infeliz.

O filme se desenrola através de várias sub-tramas: o trabalho de Cecil Gaines na Casa Branca, seu casamento desgastado, sua relação conturbada com seu filho Louis, e as transformações sociais que ocorreram no período de tempo abordado.

O filme faz uma importante passagem por vários movimentos raciais como os Freedom Riders, um grupo de pessoas que decidiram viajar para o Sul dos Estados unidos, contrariando as leis de segregação, e por isso sofrendo humilhações, xingamentos e agressões. Esses ônibus eram chamados de Ônibus da Liberdade e o filme mostra um desses ônibus sendo queimado.

Encontramos ainda o partido dos Panteras Negras, que tinha como objetivo proteger os negros dos atos de brutalidade da polícia. Também a ação da Ku klux Klan no Sul dos Estados Unidos e as marchas de Martin Luther King.  Louis Gaines, filho de Cecil está presente em todos esses momentos.


O filme perpassa por outros acontecimentos históricos como o assassinato de John Kennedy e guerra do Vietnã, mas a luta dos negros por seus direitos civis é o grande destaque do filme.






Gênero: Drama
Direção: Lee Daniels
Roteiro: Danny Strong, Lee Daniels
Elenco: Alan Rickman, Colman Domingo, Cuba Gooding Jr., David Oyelowo, Forest Whitaker, Jane Fonda, Jesse Williams, John Cusack, Liam Neeson, Matthew McConaughey, Mila Kunis, Oprah Winfrey, Terrence Howard
Produção: Hilary Shor, Pamela Oas Williams
Fotografia: Andrew Dunn
Montador: Joe Klotz
Trilha Sonora: Rodrigo Leão

Palavras Chaves: Resumo filme Crítica Resenha Comentário Opinião Citações Diálogos Quotes cinema Oscar Psicanálise

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A obsolescência das Letras na Era do Lixo


Raquel Rocha
Economista, Comunicóloga, Psicanalista e Especialista em Saúde Mental
Membro da Academia de Letras de Itabuna


Todo final de ano a mesma coisa, pais e mães pegam uma pilha com 10, 20 livros didáticos, que seus filhos utilizaram durante o ano escolar e não têm outra coisa a fazer se não jogar fora. Alguns mais apegados os acumulam em depósito, mesmo sabendo que o destino deles, mais cedo ou mais tarde acabará sendo o lixo, na melhor das hipóteses um lixo reciclável. Eles apenas adiam a dolorosa ação colocando-os no depósito, até que seus corações se aquietem.

O destino desses livros é o lixo porque eles foram “projetados” para isso. Livros caros, livros bons, e ainda assim projetados para o lixo.

Nem sempre foi a assim, num passado bem recente os livros didáticos não iam para o lixo. Porque eles eram feitos para serem usados e reusados, eram feitos para servirem enquanto o conteúdo estivesse atual. Eram livros substanciais, cheios de conhecimentos, livros para serem estudados e lidos, mas não riscados. As atividades eram feitas em um caderno a parte, copiadas do livro ou do quadro negro e respondidas na frente e no verso da folha do caderno. Vocês ainda se lembram disso?

Ao final do ano os livros eram repassados, vendidos ou doados, mas alguém teria oportunidade de aprender naquelas mesmas páginas. E depois um outro alguém, e um outro alguém... Era como um amor sem egoísmo, você amava o que foi de alguém, sabendo que depois de você, seria de um outro alguém.

Não era uma prática de comunidades carentes, pelo contrário, os livros eram repassados principalmente em colégio particulares. Numa época em que o ser ainda significava um pouco mais que o ter, muitas famílias abastadas não se importavam que irmãos mais novos usassem livros que tinham sido dos irmãos mais velhos, ou até de outros alunos. Poucos tinham a futilidade de querer exibir o novo. Até porque muitos livros eram tão bem conservados (devidamente plastificados) que não era possível diferenciar o usado do novo.

Às vezes a própria escola facilitava as trocas de livros entre os pais. Trocas, compras e vendas e lá iam os mesmos livros voltarem a ser úteis no ano seguinte, nas mãos de outra criança. O livro era importante, respeitado e bem cuidado em sua longa vida de provedor de conhecimento. Todos economizavam e o planeta agradecia.

No entanto, isso não era lucrativo. Não, nem um pouco lucrativo.

Sempre que uma criança utilizava os livros de outra as editoras deixavam de vender, e isso era péssimo para os negócios. Então elas trataram logo de evitar esse descabimento, utilizando uma solução simples: Vamos colocar as atividades para serem respondidas no próprio livro! Assim, no final do ano o livro estará todo respondido, sem condições de ser utilizados por outra criança! Assim vendemos mais livros! Ganhamos mais dinheiro! E que se dane o meio ambiente!

E daí que retiramos matéria prima e devolvemos lixo para a natureza? E daí que algumas famílias que priorizam com dificuldade a educação dos filhos vão ter que fazer um sacrifício enorme no início do ano para comprar os caríssimos livros novos? E daí que a produção de papel é uma das atividades humanas mais nocivas ao planeta? E daí que para se produzir 1 tonelada de papel são necessárias de 2 a 3 toneladas de madeira? E daí que o processo de fabricação consome água mais do que qualquer outra atividade industrial? E daí toda energia que esse processo todo consome? e a emissão de CO2, a prática da monocultura extensiva, o risco de desertificação devido ao empobrecimento do solo, a redução da biodiversidade, a extinção de nascentes e mananciais, o deslocamento de populações nativas... E daí?

Nada disso importa. O que importa é só vender, vender e vender. E lucrar, lucrar, lucrar.  É a lógica do consumo na sociedade do descartável.

E nessa lógica jogamos um monte de livros fora anualmente. E todo mundo aceita isso passivamente: as escolas que adotam esses livros, os pais que precisam parcelar a compra em 10x sacrificando orçamento da família, as crianças que encontram tudo pronto e não sabem o que é copiar uma questão do livro para o caderno, sendo que esse processo em si já era também um aprendizado.

E você, que se importa, se sente uma alienígena por se importar com algo que ninguém mais parece se importar: os livros didáticos projetados para o lixo. Não se trata de dinheiro mas dos princípios equivocados da nossa sociedade. Uma sociedade cujos valores estão cada vez mais distorcidos, uma sociedade baseada num modelo onde programa a obsolescência de tudo, inclusive do amor pela natureza e pelo ser.


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

The theory of everything - A Teoria de Tudo (2014)



Filme britânico de 2014, dirigido por James Marsh que dirigiu o premiado documentário O Equilibrista. Roteiro de Anthony McCarten, lançado pela Universal Pictures.

O filme é uma cinebiografia do astrofísico mais respeitado da atualidade Stephen Hawking. O roteiro foi inspirado na obra “Travelling to Infinity: My Life with Stephen” (Viajando para o infinito- Minha vida com Sthephen) de Jane Wilde Hawking, que foi esposa de  Stephen Hawking.  A Teoria de Tudo é protagonizado por Eddie Redmayne e Felicity Jones, além de Charlie Cox, Emily Watson.

A obra narra a vida de Stephen desde a sua juventude, na década de 60, quando ainda era estudante da Universidade de Cambridge, e conheceu Jane, com quem viria a se casar. Foi nessa fase aos 21 anos que ele começou a ter os primeiros sintomas da esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença degenerativa, que paralisa os músculos do corpo e para a qual ainda não existe cura.

The Theory of Everything  se desenrola em torno desses 3 temas, a relação de Stephen Hawking e Jane Wilde, a progressão da doença de Stephen, que o paralisou totalmente, comprometendo até a sua fala e as pesquisas científicas do físico: a evolução de sua teoria e os livros que ele escreveu. Sthephen trabalha até hoje, aos 72 anos, sendo que seu prognóstico de vida quando descobriu a doença aos 21 anos foi de apenas 2 anos.

É um filme envolvente, daqueles que você não se importa com o final (porque você já sabe qual é) então você aproveita a viagem.  Uma obra tecnicamente bem realizada, com tudo muito bem dosado no decorrer da trama.

A personificação de Eddie Redmayne como Stephen Hawking é muito bem feita e foi elogiada pelo próprio Hawking ao assistir o filme. Sobre sua vida o astrofísico escreveu: “Eu tenho tido o privilégio de ganhar alguma compreensão da maneira como o universo opera através do meu trabalho. Mas seria um universo vazio, de fato, sem as pessoas que eu amo”.

Filme imperdível, uma homenagem (em vida, como deve ser) a esse homem, que não nos deixa descobrir o que é maior nele, se sua genialidade ou sua capacidade de superação.


Raquel Rocha
Economista, Comunicóloga, Psicanalista e Especialista em Saúde Mental
Membro da Academia de Letras de Itabuna







Um (1) dia usando aparelho ortodôntico

Dia 01
Descobri que tenho que trocar minha escova de dente, meu fio dental e comprar mais um monte de parafernalha para a “higienização”. Descobri que metade de toda comida que eu como fica grudada no bendito aparelho e só a outra metade vai para o estômago. E descobri que escovar os dentes é pior que comer (dá uma gastura de passar a escova no aparelho) e que passar o fio dental é quase um processo cirúrgico e dura o mesmo tempo de uma cirurgia.
Descobri eu não sou forte o suficiente para controlar minha vontade de ficar passando minha língua no aparelho até ferir.
Descobri que quero tirar o quanto antes, mas esse é só o dia 1 de 365 que terei que passar com ele. E o pior de tudo: Parece que minha boca está pesando 2 kg e que meus lábios chegam 10 minutos antes de mim a qualquer lugar.

Que Deus me ajude nos outros 364 dias.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Axé



Perguntaram-me se eu gosto de Axé. 
Eu gosto sim.
Não desses que hoje fazem tanto sucesso, (pra falar a verdade nem sei mais o que é o Axé de hoje) mas gosto do Axé de raiz, questionador, o axé que é um grito de revolta e liberdade. Cresci ouvindo "Força e pudor, Liberdade ao povo do Pelô..." e descobrindo que existia uma classe marginalizada que vencia o preconceito através da arte.
"Brasil nordestópia

Na Bahia existe etiópia

Pro nordeste o país vira as costas
E lá vou eu"


A cultura africana é a nossa própria cultura, mas fui reconhecê-la através das músicas, palavras como Salum, mazimbas, Osíris, Gâmbia,Geb, Casamance, Meiji, Seth. Descobri que muitos dos escravos trazidos para o Brasil eram reis e rainhas lá na África.

"Criaram-se vários reinados, o Ponto de Imerinas ficou consagrado

Rambozalama vetor saudável, Ivato cidade sagrada

A rainha Ranavalona destaca-se da vida e da mocidade
Majestosa negra, soberana da sociedade
Alienado pelos seus poderes rei Radama foi considerado
Um verdadeiro Meiji que levava seu reino a bailar"


Claro que gosto do Axé. O Axé é tudo isso, ou era. Já não sei mais. Só sei que hoje a muriçoca, soca e soca. E também pica, pica, pica...

Tomara que ainda existam pessoas gritando sua revolta e indignação através da arte. 

A foto que ilustra esse pequeno texto é do Pelourinho, patrimônio histórico da ONU. Lugar que ouvi falar pela primeira vez nas músicas e muitos anos depois tive a oportunidade de conhecer e fotografar.